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Não vai faltar café em 2018

24 de janeiro de 2018       0 comentários

Segundo sondagem realizada pelo Conselho Nacional do Café (CNC), 2018 será um ano de safra cheia, proporcionado pela bienalidade positiva da maioria das lavouras de arábica, bem como pela recuperação das plantações de conilon após praticamente quatro anos de dificuldades em virtude de adversidades climáticas.

O que é bienalidade positiva?

Um dos fatores que mais influenciam a produtividade da cafeicultura é a bienalidade ou o ciclo bienal da produção: uma característica inata do cafeeiro, que se refere à alternância anual de frutificação alta e baixa. Sempre há um ano em que a quantidade de frutos aumenta para depois, no ano seguinte, diminuir.

O ciclo bienal é explicado pela ocorrência simultânea em um mesmo ramo da planta das funções vegetativas e reprodutivas. Como a planta do café não consegue produzir reservas suficientes para a frutificação e crescimento ao mesmo tempo, em um ano as reservas são utilizadas para os frutos, o que aumenta a produtividade. Porém, neste ano, não há alimento suficiente para o crescimento dos ramos, fazendo com que a produção de frutos seja baixa no ano seguinte.

Sendo assim, de forma intercalada, o cafeeiro cresce em um ano e dá frutos no outro. Esse fato afeta a oferta do produto e, consequentemente, provoca certa instabilidade de preços de mercado, trazendo dificuldades para a política cafeeira do país e para os produtores em geral, pois exige um planejamento de estocagem e carregamento de uma safra para outra para não prejudicar sua rentabilidade.

A safra brasileira de café

No dia 18 de janeiro de 2018, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a primeira previsão para a safra de café em 2018. Conforme a Conab, a produção brasileira de café deve ficar entre 54,44 milhões e 58,51 milhões de sacas de 60 quilos, representando uma variação positiva entre 21% a 30% em comparação com a safra do ano passado, quando atingiu 44,9 milhões de sacas.

O que isso significa?

Isso significa que nos níveis mínimos ou máximos a serem alcançados, o Brasil produzirá um volume suficiente para, somado aos estoques, honrar seus compromissos com o consumo interno e, também, com as exportações, mantendo seu posicionamento de principal produtor e exportador mundial de café.

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cafedositiocliente

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